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segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

SUGESTÃO DE LEITURA - ARTIGO - EFEITO DE BAIXAS DOSES DE IRRADIAÇÃO NOS CAROTENOIDES MAJORITÁRIOS EM CENOURAS PRONTAS PARA O CONSUMO

Em nosso último vídeo observamos os efeitos da adição de ingrediente ácido e lipídico à coloração da cenoura, assim como observamos o que ocorre quando a deixamos exposta ao ambiente sem acréscimo de qualquer ingredientes.
A coloração da cenoura é gerada pela presença do pigmento natural, caroteno. Em raízes os carotenoides possuem considerável estabilidade, uma vez que se encontram imersos em gotas lipídicas ou em cromoplastídeos que são protegidos por lipoproteínas. Contudo, quando o alimento é manipulado e processado torna-se suscetível à oxidação, fazendo com que ocorram alterações que acabam por reduzir a qualidade nutricional do alimento.
Para complementar o que foi apresentado em nossa última postagem trazemos como sugestão de leitura um estudo desenvolvido por pesquisadores das Faculdades Integradas Bennet, Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento, Centro Tecnológico do Exército e EMBRAPA, no qual avaliaram o efeito de baixas doses de radiação na concentração de carotenoides totais, α e β-caroteno em cenoura minimamente processadas.

As cenouras utilizadas neste trabalho foram recepcionadas, pesadas, pré-selecionadas, pré-lavadas, selecionadas, classificadas, descascadas, cortadas no formato palha, lavadas com desinfetante, enxaguadas, centrifugadas, acondicionadas e pesadas, seladas com gás, irradias e por fim e armazenadas sob refrigeração. Terminadas as etapas supracitadas, deu-se início à fase de análises, na qual foram avaliados os teores de carotenoides totais, α e β-caroteno, análise instrumental de cor e compostos voláteis.
Com este estudo os pesquisadores concluíram que o processamento mínimo ao qual as cenouras foram submetidas reduziram cerca de 55% da concentração de carotenoides totais, na amostra irradiada e no controle. Houve ainda maior redução nos teores de carotenoides quando as amostras receberam dose máxima de irradiação (1kGy) e foram acondicionadas em atmosfera com 21% de oxigênio.
Dentre outras observações, os pesquisadores notaram que no decorrer do período de armazenamento sob refrigeração houve redução na concentração de carotenoides, provavelmente devido à degradação ocasionada pela presença de oxigênio. Por fim, com a análise instrumental de cor observaram que o alimento irradiado tornou-se mais claro quanto maior o período no qual esteve armazenado. Contudo, tal diminuição foi apresentada por todas as amostras de modo estatisticamente significante.

Detalhes sobre cada um das etapas supracitadas estão disponíveis integralmente no artigo, através deste link.
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REFERÊNCIA:
Lima KSC;  Lima ALS; Freitas LC; Della-Modesta RC; Godoy RLO. Efeito De Baixas Doses De Irradiação Nos Carotenóides Majoritários Em Cenouras Prontas Para O Consumo. Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, 24(2): 183-193, abr.-jun. 2004.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

EXPERIMENTOS COM ALIMENTOS - COLORAÇÃO DE HORTALIÇAS - CENOURA



No vídeo de hoje apresentamos um experimento no qual buscou-se observar possíveis modificações na coloração da cenoura a partir do acréscimo de substância ácida (suco de limão) e lipídica (óleo de soja), e que posteriormente foi deixada exposta ao ambiente. O mesmo foi feito com uma amostra na qual não houve adição de qualquer ingrediente (controle).




Ao término do vídeo se encontra a discussão sobre as alterações que ocorreram durante o processo!

#Dietécnica #Nutrição #NutriUsp #ColoraçãoDeHortaliças #ExperimentosComAlimentos #Cenoura

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

SUGESTÃO DE LEITURA: EFFECTS OF VARIOUS HEATING METHODS ON GLUCOSINOLATE, CAROTENOID AND TOCOPHEROL CONCENTRATIONS IN BROCCOLI

Pertencente à família Brassicaceae, o brócolis é uma das hortaliças mais consumidas no mundo, e é caracterizado pela elevada concentração de glucosinolatos. O glucosinolato constitui uma classe de metabólitos secundários contendo sulfato e nitrogênio, cuja concentração é influenciada pelo genótipo da planta, fatores climáticos, sazonalidade, partes comestíveis, condições de armazenamento e processamento. Ele é estável  até que entre em contato com a enzima mirosinase, sendo hidrolisado a glicose e outros compostos intermediários instáveis, que por sua vez, espontaneamente reagem com produtos biologicamente ativos, responsáveis pelo sabor característico.
O processo de cocção de hortaliças induz alterações na composição química e de compostos bioativos, e por consequência afeta a biodisponibilidade dos nutrientes ao organismo. Com o intuito de avaliar a influência de diferentes métodos de cocção sobre compostos constituintes do brócolis, pesquisadores Departamento de Nutrição e Ciência Culinária da Universidade Nacional de Hankyong, e do Departamento de Alimentação e Nutrição, Universidade de Mulheres Duksung desenvolveram um estudo no qual submeteram o alimento à cocção por ebulição, vapor e microondas durante diferentes períodos de tempo, e posteriormente avaliaram alterações nos teores de glucosinolato, carotenoides e tocoferóis.

Na cocção por ebulição água fervente (1,5L) as amostras de brócolis foram submetidas à cocção por 1, 5 e 10 minutos. Em seguida foram removidos da água, cujo excesso foi removido e posteriormente o alimento foi resfriado à temperatura ambiente.
Já na cocção a vapor, 500ml de água foi pré-aquecida por 5 minutos, e mais uma vez amostras foram submetidas à cocção por 1, 5 e 10 minutos. Em seguida foram removidas da água, cujo excesso foi removido e posteriormente o alimento foi resfriado à temperatura ambiente.
Por fim, ao utilizar o microondas doméstico, o brócolis foi armazenado em saco plástico (polipropileno) contendo água para prevenir que o conteúdo queimasse durante o processo. As amostras foram submetidas à cocção por 1, 5 e 10 minutos; e em seguida foram removidas do saco plástico e resfriadas à temperatura ambiente.
Todos os experimentos foram feitos em triplicata. Terminado o processo de cocção todas as amostras foram congeladas a -80°C.
A partir das amostras preparadas foi realizada a extração, preparação e determinação dos glucosinolatos por HPLC, identificação de glucosinolatos usando análise LC-MS, extração e quantificação de carotenoides e tocoferóis. Detalhes sobre como tais etapas ocorreram são encontradas no artigo, cujo link é disponibilizado ao final desta postagem.
Após analisarem os dados coletados os pesquisadores detectaram cinco picos de glucosinolato, cujas concentrações reduziram significativamente com o aumento do tempo de cocção. Tal redução estaria relacionada à lixiviação de glucosinolatos, seguida da evaporação da água contendo os glucosinolatos lixiviados, embora a extensão da evaporação da água não tenha sido determinada.
Observaram ainda uma menor redução nos teores de glucosinolatos após cocção por vapor e por microondas, quando comparado à cocção por ebulição, que  por conter maior percentual de água utilizada durante o processo causaria maior dissolução deste elemento ao meio, diferentemente dos métodos supracitados (cocção a vapor e microondas).
Os pesquisadores detectaram também dois carotenoides, luteína e beta-caroteno. Estes apresentaram aumento em sua concentração quanto maior o tempo de cocção ao qual foram submetidos. O mesmo foi observado quanto aos teores de tocoferóis. Segundo os autores, tal aumento pode estar relacionado à ocorrência de tratamento térmico ao qual foram submetidos, pois este causaria maior extratibilidade de carotenoides e tocoferóis da matriz na qual estavam armazenados.
Desta forma, os autores concluíram que os compostos presentes no brócolis são significativamente afetados pelo processo de cocção, e que é possível aumentar a concentração de glucosinolato, carotenoides e tocoferóis de acordo com a escolha de um método de cocção adequado.


REFERÊNCIA

Hwang ES; Kim GH. Effects of various heating methods on glucosinolate, carotenoid and tocopherol concentrations in broccoli. Int J Food Sci Nutr. 2013 Feb;64(1):103-11

sábado, 21 de janeiro de 2017

VÍDEO - EXPERIMENTOS COM ALIMENTOS - COLORAÇÃO DE HORTALIÇAS: BRÓCOLIS

Veja neste vídeo o que acontece quando submetemos o brócolis à cocção a vapor e à cocção por imersão.
Observe que quanto maior o tempo no qual o brócolis é submetido à cocção por imersão, maior a perda de pigmentos hidrossolúveis para o meio. O mesmo ocorre com as vitaminas lipossolúveis, e portanto, é indicada a cocção por vapor, na qual se evita a perda de nutrientes e pigmentos para o meio (água).
Essas e outras observações estão presentes no final do vídeo!




#Dietécnica #NutriUsp #Nutrição #ColoraçãoDeHortaliças #Brócolis

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

SUGESTÃO DE LEITURA - COMPOSIÇÃO QUÍMICA DE TABLETES DE CALDO DE CARNE: NITROGÊNIO PROTEICO, NÃO-PROTEICO E FENILALANINA

Pesquisadoras da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP desenvolveram um estudo no qual buscaram analisar a presença de nitrogênio proteico, não proteico e fenilalanina, bem como os teores centesimais de lipídios, umidade, fibra alimentar e minerais em tabletes de caldo de carne comercializados por duas marcas  distintas.


A partir das análises supracitadas as pesquisadoras observaram que os teores de lipídeos e umidade encontrados foram similares em ambas as amostras trabalhadas (teor lipídico médio equivalente a 8,4% e de umidade equivalente a  3,7%. Observaram ainda que os teores de fibra alimentar mostraram-se reduzidos em ambas as amostras,  inferiores a 2%; ao passo que o teor de minerais foi considerado elevado (61% produto A e 54% no produto B).

Encontraram também que 95% do nitrogênio encontrado corresponde a nitrogênio de origem não proteica, resultante da presença de monoglutamato de sódio, que é utilizado para realçar o sabor do produto e acaba por superestimar o valor proteico do caldo de carne analisado. Não foram encontrados teores significativos de fenilalanina nas amostras estudadas, devido à dificuldade em se detectar analiticamente este aminoácido em uma amostra com o tamanho apresentado (o teor protéico real obtido pela somatória de aminoácidos foi equivalente a 0,71g/100g (marca A), e 0,84g/100g (marca B)).

Para ler o artigo na íntegra acesse este link.


REFERÊNCIA:

Guimaraes CP; Lanfer Marquez UM. Composição química de tabletes de caldo de carne: nitrogênio protéico, não-protéico e fenilalanina. Ciênc. Tecnol. Aliment.,  Campinas ,  v. 22, n. 3, p. 308-313,  Dec.  2002 .

domingo, 15 de janeiro de 2017

EXPERIMENTOS COM ALIMENTOS - CALDO DE CARNE


Veja neste vídeo o que acontece quando preparamos o caldo de carne de duas formas. Na primeira, a água utilizada encontra-se na temperatura ambiente e a carne está crua; enquanto que na segunda forma a carne é previamente refogada e utiliza-se água fervente durante a cocção!



#Dietécnica #NutriUsp #Nutrição

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Dietécnica no Jornal da USP

Acesse este link e leia a matéria feita pelo Jornal da USP sobre o Dietécnica, e conheça um pouco mais sobre o projeto! 










#Dietécnica #NutriUsp

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

SAZONALIDADE - FRUTAS -JANEIRO

Finalmente o ano de 2017 chegou!!!
E com ele novas esperanças e metas! Inclua uma alimentação com maior variedade de frutas e hortaliças entre suas metas!!
Para te ajudar nessa tarefa apresentamos abaixo as Frutas sazonais para o mês de Janeiro!!